Módulo 11 - Tecnologias Audiovisuais

Introdução


Referência à primeira imagem fixa


A primeira fotografia conseguida no mundo foi tirada no verão de 1826 na França, da janela da casa de Joseph Niepce, encontra-se preservada até hoje.

Demorou 8 horas de exposição à luz solar em ambos os lados do edifício. No lado esquerdo da imagem é um sotão da casa da família de Niépce. No centro da imagem fica o telhado do celeiro. O edifício longo atrás dele é a casa de cozimento, com chaminé. No lado direito da imagem é uma outra parte da casa. Niepce deu o nome ao seu trabalho de “heliograph” em tributo ao poder do sol.





Referência as primeiras imagens em movimento



1878 - Muybridge fotografou com sucesso o galope de um cavalo quadro a quadro, para isto utilizou uma série de 24 câmaras. 
A primeira experiência com sucesso ocorreu em 11 de Junho, com a imprensa presente. Muybridge utilizou uma série de 12 câmaras estereoscópicas a uma distância de 21 polegadas umas das outras para cobrir os 20 pés tomados por um passo do cavalo, tomando retratos em um milésimo de um segundo.






 
O som e a imagem

1889 - O som tem uma história no cinema, muito longa. Encontra-se documentado que por alturas de 1889, Thomas Edison, tentou sincronizar o som com as imagens de um filme, apesar não se saber muito mais em concreto.
Nos frenéticos anos 20, os locais de convívio aumentaram e alteraram-se, e as pessoas passaram a frequentar mais os cabarets, os night-clubs e os casinos.





Aparecimento do Cinema

1895 -Em 1895, o pai dos irmãos Lumière, Antoine, organizou uma exibição pública paga de filmes no dia 28 de dezembro no Salão do Grand Café de Paris. 
A exposição foi um sucesso. Este dia, data da primeira projeção pública paga, é comumente conhecida como o nascimento do cinema mesmo que os irmãos Lumière não tenham reivindicado para si a invenção de tal feito. 




 

 Aparecimento da televisão

1942 -Desde o inicio do século XIX, os cientistas estavam preocupados com a transmissão de imagens à distância. 
E foi com a invenção de Alexander Bain, em 1942, que se obteve a transmissão telegráfica de uma imagem, actualmente conhecido como fax.








 
 Aparecimento do video

1956 -Foi com a invenção de um gravador capaz de registar as imagens electrónicas, ou sinais vídeo, que apareceu este novo sistema de comunicação.
É claro que estes meios no início só eram acessíveis a instituições muito limitadas, lembrem-se que este é um dos mais potentes meios de comunicação, o que significa que é eleito para veicular ideologias, logo na terra do tio Sam o controlo era e é o preço.



Foi em 1956 que verdadeiramente podemos afirmar o nascimento do vídeo como audiovisual, pois foi com a invenção de um gravador capaz de registar as imagens electrónicas, ou sinais vídeo, que apareceu este novo sistema de comunicação.



A primeira câmara de vídeo foi a Sony BMC100P, de 1983, que gravava em Betamax. A partir dela nasceu o conceito de câmara portátil e tirou dos profissionais o monopólio de gravação de vídeo.
 
 
 
 
 




Primeira Televisão a Cores




1950 - Introduzida nos Estados Unidos na década de 1950, só em finais da de 1960 é que os televisores a cores se começaram a impor no mercado, sobretudo devido ao sistema Porta-Color da General Electric em 1966. Na década seguinte os televisores a cores tornaram-se os mais comuns, tendo havido a padronização do sistema.
 



Sistemas de gravação/reprodução


A Gravação Analógica
 
Vinte anos depois da experiência de Leon Scott, a 18 de Abril de 1877, Charles Cros entregou na academia das Ciências Francesa um pacote selado que continha um projecto para um sistema de gravação e reprodução sonora. Charles Cros chamou-lhe “Paléophone”.
A 18 de Agosto de 1877, o inventor americano Thomas Alva Edison conseguia levar a experiência de Scott mais além, ao reproduzir o som gravado, chamou ao seu invento “Fonógrafo”.
Houve entretanto uma certa polémica em torno destes dois inventores pois as suas máquinas eram semelhantes e baseadas no modelo de Leon scott. A paternidade da primeira gravação acabou por ser atribuída a Edison.
O Fonógrafo era constituído por um cilindro giratório em torno do seu eixo, este cilindro era accionado manualmente por uma manivela de progressão axial por sistema de parafuso.
No ano seguinte Edison melhorou a sua invenção substituindo o papel por uma folha de estanho, e separando o estilete de gravação do da reprodução.
 
 
 
 
Modelo original do fonógrafo de Edison
 
Os cilindro de Edison tinham uma duração limitada 3 a 4 utilizações além do mau som e curta duração das gravações, cerca de um minuto.

Em 1886, Chichester Bell, primo de A. G. Bell o inventor do telefone, e Charles Sumner Tainer registaram a patente de um fonógrafo aperfeiçoado a que chamaram Gramofone, e onde substituíram a folha de estanho por um cilindro de cera mineral, o ozocerito, e o estilete de aço por um de safira em forma de goiva.
 
 
 
  O passo seguinte é dado por Emile Berliner, um imigrante americano de Hanôver, em 1888, este inventor mudou a forma dos cilindros para discos planos de 33 cm de diâmetro e 6,4 cm de espessura.

 
Anuncio na imprensa de 1901 em Portugal de um curioso fonógrafo.
 
 

Anuncio no Jornal “O Século” de 1901
 

Enquanto se gravava sons em cilindros e discos o dinamarquês Valdemar Poulsen patenteia, em 1898, o primeiro sistema de gravação magnético o “Telegraphone”.

Na máquina original a gravação era feita em fio de aço do género usado para os pianos. O arame saía de um carreto onde estava enrolado e passava por um electroíman que o magnetizava segundo um padrão que variava de acordo com os sons captados por um microfone, enrolando-se noutro cilindro.

Para reproduzir o som gravado era só passar o arame magnetizado pelo electroíman e por indução magnética geravam-se correntes eléctricas que eram transformadas no som original nos auscultadores. Este sistema, embora melhorado ao longo dos anos, manteve-se até aos anos 40, quando foi substituída pela fita de plástico revestida a oxido de ferro.

A máquina de Poulsen ganhou o Grande Prémio da Exposição Mundial de Paris em 1900.

A concorrência entre os Cilindros e os Discos atingiu o auge na viragem do século XIX para o século XX, acabando o Cilindro por ser totalmente derrotado em 1905, quando os Irmãos Pathé adoptaram o Disco.

 


 Discos “Pathé” de uma só face
 
  Nestes primeiros tempos as gravações eram muito demoradas pois cada cilindro ou disco era gravado individualmente, ou seja, para fazer dez discos o artista tinha de cantar dez vezes.
 
Esta situação terminou em 1892 quando Emile Berliner passou a usar um disco original para se fazer outros. Aqui o artista só precisava de cantar uma vez, para fazer vários discos. Com esta nova técnica os discos passaram a ser prensados com o recurso a matrizes, obtidas por galvanoplastia num composto à base de goma-laca, e que se manteria em uso até ao aparecimento da microgravação em 1943.
Em 1907, a Columbia Gramophone apresenta ao público pela primeira vez, um disco de dupla face e com a espessura de um centímetro. Esta novidade era tão espectacular, que a Columbia deu ordens aos seus vendedores para atirarem os discos ao chão, para provarem que eram inquebráveis.
Os avanços técnicos sucedem-se e os discos vão aumentando de tamanho. Discos de 50 e 60 cm de diâmetro, com cerca de 15 minutos de duração, são comuns em 1910.


 1919 - Os laboratórios Bell experimentam o registo eléctrico, gravações obtidas electricamente através de um microfone, em vez de um vocal, e o primeiro “pick-up”, testado por Lionel Gurt e H. Merriman.
 
O “pick-up” é a célula fonocaptora e compõe-se de uma ponta, a agulha, e um sistema conversor. O sistema conversor aproveita as variações introduzidas no campo magnético de uma bobine condutora, produzindo pequenas correntes eléctricas, que ao serem amplificadas reproduzem o som original.

Os Gramofones estariam em moda até finais dos anos 20, altura em que apareceram os primeiros gira-discos eléctricos.

A gravação em disco era prática comum, mas paralelamente a gravação magnética ia-se impondo para outros fins que não o de fazer discos. Desde que Poulsen inventou o “Telegraphone”, que as melhorias foram muitas, mas ao chegar a década de 30, ainda se gravava em fio de aço e este ainda se manteria em uso, em muitas estações de Rádio, até aos anos 40.

1934 - A BASF produzia na Alemanha a primeira fita de gravação magnética, para uma máquina da AEG Telefunken. A fita era de plástico revestido num dos lados com um pó de oxido de ferro, o que permitia uma diminuição no peso e no tamanho dos carretos e o aumento da fidelidade e duração da gravação.

Este invento é um avanço considerável na gravação sonora, a partir de agora as estações de rádio já podiam gravar os seus programas e manipulá-los em estúdio. Se houvesse um engano, podia ser corrigido a partir do ponto em que ocorreu a gafe e não repetido na totalidade, como acontecia com os discos.

1935 -  Foi transmitido o primeiro concerto registado em fita magnética, durante a exposição de Rádio de Berlim.
 
 






 




















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